Como grandes empresas estão a adicionar milhares de milhões de dólares em valor em 2025 – a empresa-mãe do Google, a Alphabet, atingiu 3 biliões de dólares em capitalização de mercado esta semana -, a equipa da BestBrokers mapeou a concentração das grandes corporações em todo o mundo.
Em comunicado, a empresa financeira salientou que “apesar das incertezas económicas, das guerras comerciais e das tarifas americanas sobre as importações, que afetaram o comércio internacional nos últimos seis meses, as empresas parecem prosperar, com aquelas que valem mil milhões de dólares ou mais a acrescentar 17,6 biliões em valor desde março”. “Só a NVIDIA contribuiu com cerca de 1,5 biliões para esse valor, enquanto a Alphabet e a Microsoft adicionaram, cada uma, quase um bilião de dólares à sua capitalização de mercado”.
A equipa da BestBrokers examinou a concentração de empresas de grande capitalização, medida em relação à área, população e produção económica de um país em 74 países e territórios. Usando dados da empresa de 30 de setembro último, contou-se o número de empresas de capital aberto com uma capitalização de mercado de pelo menos mil milhões de dólares.
Assim, há 5.623 empresas em todo o mundo com um valor de mercado de pelo menos mil milhões de dólares: combinadas, têm uma capitalização que ultrapassa os 125,5 biliões de dólares. Quase um terço dessas empresas bilionárias (1.909) estão sediadas nos Estados Unidos, enquanto o seu valor é mais da metade do total mundial.
Quando calculado em relação ao tamanho de cada nação, no entanto, o número desses negócios de bilhões de dólares é mais impressionante em nações menores, mais notavelmente na Islândia, onde as suas seis empresas públicas com um valor de mercado de mais de mil milhões de dólares equivalem a ter mais de 15 desses meganegócios por milhão de habitantes. A concentração de empresas de grande capitalização na Suíça e na Suécia também supera as de economias maiores.
Portugal tem 12 empresas com uma avaliação de mais de mil milhões de dólares, com uma capitalização combinada de 77,174 mil milhões de euros, o que perfaz 1,15 empresas por milhão de habitantes – ao todos, estas representam 25,18% do PIB nacional.
Estes são os países com mais empresas bilionárias por milhão de habitantes:
Islândia – 6 empresas (15,48 por milhão)
Suíça – 131 empresas (14,77 por milhão)
Suécia – 115 empresas (10,90 por milhão)
Israel – 82 empresas (8,86 por milhão)
Noruega – 46 empresas (8,33 por milhão)
Qatar – 24 empresas (8,06 por milhão)
Irlanda – 35 empresas (6,74 por milhão)
Dinamarca – 40 empresas (6,72 por milhão)
Canadá – 251 empresas (6,39 por milhão)
Austrália – 166 empresas (6,28 por milhão)
Emirados Árabes Unidos – 65 empresas (6,11 por milhão)
Finlândia – 33 empresas (5,89 por milhão)
Kuwait – 28 empresas (5,79 por milhão)
Estados Unidos – 1.909 empresas (5,56 por milhão)
Nova Zelândia – 24 empresas (4,64 por milhão)
Japão – 453 empresas – (3,64 por milhão)
Bélgica – 42 empresas (3,59 por milhão)
Reino Unido – 222 empresas (3,23 por milhão)
Arábia Saudita – 103 empresas (3,19 por milhão)
Áustria – 28 empresas (3,07 por milhão).
Notas de destaque:
– Em outubro de 2025, havia 5.623 empresas de milhares de milhões de dólares em 57 países com um valor de mercado combinado superior a 125,5 biliões de dólares;
– Quando calculado por milhão de cidadãos, a Islândia tem o maior número de empresas com um valor de mercado de pelo menos mil milhões no mundo, 15,48 por milhão. O valor de mercado agregado desses negócios totaliza 11 mil milhões, quase um terço do PIB de 2024 do país.
– A Suíça ocupa o 2º lugar mundial em empresas de bilhões de dólares per capita, com uma média de 14,77 negócios por milhão de habitantes, seguida pela Suécia na 3ª posição, onde há uma média de 10,9 empresas de grande capitalização para cada milhão de sua população.
“As nossas descobertas mostram que economias pequenas ou ligadas ao exterior, incluindo Irlanda, Países Baixos, Reino Unido, Suíça e Qatar, destacam-se pela sua alta concentração per capita e territorial de empresas de bilhões de dólares”, indicou Paul Hoffman da BestBrokers.
“Estas concentrações refletem frequentemente a presença de regimes fiscais e polos financeiros favoráveis, atraindo empresas cuja capitalização bolsista excede largamente a dimensão da economia nacional. Embora isso indique influência financeira global, em economias menores, também destaca uma desconexão entre o valor de mercado global e o impacto económico local em termos de emprego, produção ou investimento interno”, concluiu.
